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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

19. Margarida Drumond / Cultura / Escritora /

Olá visitantes do blog "Companhia das Entrevistas", quero agradecer a todos pelas visitas diárias que fazem deste blog uma ponte entre os entrevistados e os leitores. E hoje, o blog recebe uma participação muito especial, da escritora Margarida Drumond que explica a importância da leitura que eleva a espiritualidade do ser humano. Acompanhem

Entrevista na íntegra:


Blog: No Livro Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção, qual a ligação com a Nossa Senhora das Graças?


Margarida Drumond: Primeiro, caríssimo André, agradeço pela oportunidade de participar de tão importante espaço na rede social e pela consideração, comigo participando, como você disse, por fazer “diferença em Brasília e no Brasil”. Cada um de nós vai cumprindo, na medida do possível, sua missão e com ela procura contribuir de alguma forma para melhorar nosso mundo. E olhe: também você faz a diferença com o magnífico trabalho que desenvolve, parabéns.
Sobre a primeira pergunta que me faz, ressalto que a ligação de meu livro Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção com Nossa Senhora das Graças é imensa. É impossível falar de Pe. Antônio e não se lembrar logo de Nossa Senhora; foi pela intercessão dele junto a Nossa Senhora das Graças que tantas bênçãos - curas e milagres diversos aconteceram, notadamente de 1947 a 1963, ano em que ele faleceu.
Padre Antônio Ribeiro Pinto se deixou usar como instrumento de Deus para fazer jorrar bênçãos sobre um incontável número de pessoas que o procuravam, desde o início do ministério sacerdotal. Mas a romaria até Padre Antônio se acentuou exatamente, em 1947, quando ele foi morar em Urucânia. Era então o ano da canonização de Santa Catarina Labouré- a Santa do Silêncio - falecida em 1876, para quem Nossa Senhora das Graças aparecera em 1830, pedindo que mandasse cunhar uma medalha – a conhecida medalha que ficou mundialmente conhecida como Medalha Milagrosa. A canonização foi a 27 de julho de 1947, na Basílica de São Pedro, pelo Papa Pio XII.
Padre Antônio de Urucânia, vendo a multidão que o procurava, ávida de bênçãos de curas para o corpo e para o espírito, aconselhava a todos o uso da Medalha Milagrosa. Ninguém saía de Urucânia sem uma Medalha de Nossa Senhora das Graças; ele as distribuíaem grande quantidade. Ainda ontem, 27 de novembro, lá em Urucânia, por ocasião da festa à Virgem no Santuário que lhe é dedicado, na data que marca o dia de seu aparecimento à Ir.Catarina, um senhor me mostrou uma medalha que ele traz na carteira, há 56 anos, e que lhe foi dada pelo Pe. Antônio. Assim, em Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção, são muitos os depoimentos que relatei de graças alcançadas, por cegos, paralíticos, pessoas com problemas de saúde mental, problemas de bebida e tantos outros males; são muitos os casos relatados de graças concedidas por Deus, por meio de Pe. Antônio, tendo como intercessora Nossa Senhora; daí, o nome, Nossa Senhora das Graças e a devoção dos fiéis, tendo vivo na memória o saudoso taumaturgo de Urucânia.


Blog: O livro já está na 5° Edição, em média, são quantas tiragens por edição?


Margarida Drumond: Normalmente os meus livros têm a tiragem de 1000 exemplares em cada edição e, graças a Deus, somam-se hoje 14 títulos, muitos deles com mais de uma edição. No caso de Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção, fiz 1000 exemplares para cada edição, exceto a 2ª que foi de 1.500. Como a primeira edição se esgotou em apenas quatro meses, fiz logo 500 exemplares a mais.


Blog: Para os visitantes do blog "Companhia das Entrevistas" que queiram comprar o livro, como proceder?


Margarida Drumond: Normalmente na ocasião de lançamento de cada livro é que ocorrem as vendas, e isto se fez mais fortemente no caso de Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção: durante um ano, 2005, levei-o a mais de 80 cidades no país, com grande aceitação. Então, faço vários lançamentos de uma mesma obra, tanto para oportunizar as vendas quanto para facilitar o acesso aos leitores.
Além dos lançamentos, os leitores adquirem minhas obras por meio do contato comigo por telefone: (61) 9252-5916, ou por e-mail:
margaridadrumond@gmail.com, contatos que obtêm pelo meu site: www.margaridadrumond.xpg.com.br, ou pela divulgação que faço com filipetas aonde quer que eu vá, e elas se espalham infinitamente.
O processo é o seguinte: dou o nº da minha conta de Banco, a pessoa deposita o valor especificado, me passa o comprovante escaneado ou me fornece o nº do depósito, além do endereço. Em seguida, mando o livro pelo correio.


Blog: Em relação à Virgem da Medalha Milagrosa, o livro dedicou um capítulo, qual a sua opinião em relação ao assunto?


Maragarida Drumond: Fiz questão de dedicar um capítulo inteiro à Virgem da Medalha Milagrosa, capítulo12, intitulando-o “A devoção a Nossa Senhora das Graças”, para que o leitor compreendesse melhor a vida de amor a Maria, por parte de Padre Antônio e o porquê de ele haver divulgado tanto a devoção à Medalha Milagrosa. Ademais, como Pe. Antônio Ribeiro Pinto, que amava Nossa Senhora, desde a infância, e tanto divulgou a sua devoção, também amo Nossa Senhora e sempre procurei mostrar que ela é a Mãe de Jesus e nossa, e, como tal, poderosa intercessora.


Blog: A poesia está presente em suas investidas culturais?


Margarida Drumond: Sim, eu procuro investir também na poesia, embora prefira mais fortemente escrever em prosa. A minha paixão é o romance – tenho quatro livros nesse gênero: Um conflito no amor, que foi o meu primeiro livro (1977); Aconteceu no cárcere (1994); Tempo de saudade(1996); e No acerto dos bondes (2001). Mas como gosto também de poesias, tenho três livros neste gênero: Busca de você (1989); Além dos versos (2000); e De novo o amor (2006).
Além desses, outros gêneros atraíram minha atenção: crônicas, Não dá pra esquecer(2002); e Isso aquilo e mais um pouco (2004); ensaio, Preito a José de Alencar (1995); romance biográfico, Pegadas no tempo; roteiro cinematográfico de Aconteceu no cárcere; e documentário biográfico, que é o caso de Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção, e o mais novo livro que lancei, Dom Luciano, especial dom de Deus, sobre a vida de Dom Luciano Mendes de Almeida, em julho de 2010. Trata-se de uma obra que escrevi, a partir de solicitação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na pessoa de Dom Odilo Cardeal Scherer, e que já levei a dezenas de cidades.
Ainda falando de minhas investidas culturais, gosto de utilizar a poesia como um dos recursos para abrilhantar os lançamentos de meus livros. Assim, faço poesia com base em meus próprios livros e as declamo, além de às vezes levar textos de outros autores para opalco, em performances minha e de terceiros que comigo fazem o Recital. Exemplo foi o que realizei, em 2002, em 15 lançamentos no Brasil, do romance No acerto dos bondes, levando ao palco, além de poemas sobre a história de Beatrice e Cleber, também a poesia de Carlos Drummond de Andrade, por ser aquele o ano de seu Centenário de Nascimento.


Blog: Qual a ligação com o Padre Antônio Ribeiro Pinto, no contexto de sua obra poética?


Margarida Drumond: Falar da vida é falar de poesia, e Padre Antônio Ribeiro Pinto era vida plena, era amor,era caridade, era esperança. Dom Luciano Mendes de Almeida, no Prefácio da 1ª. Edição, disse que “(...) Padre Antônio é modelo para o clero e motivo de esperança para o povo (...)”. Então, para mim, falar em versos contagia, falar em Pe. Antônio é falar de vida, atrai a atenção. Assim, fiz a “Ode a Padre Antônio Ribeiro Pinto”, poesia que declamei em dezenas de lançamentos nos anos 2005 e 2006.
No caso da “Ode...”, ela apresenta a pessoa biografada, analisa sua vida e obra e tece um louvor, a partir do que as pessoas se sentem convidadas a ler o livro. Também fiz outras poesias, nessa modalidade, como a “Ode ao poeta do século: Carlos Drummond de Andrade”, e que eu declamava no citado projeto.


Blog: Como estimular nos jovens o hábito da leitura, principalmente da leitura que geraelevação espiritual?


Margarida Drumond: Precisamos de fato estimular a leitura, e tal se torna mais possível a partir do amor com que falamos da literatura, da nossa presença nas Feiras de Livros, nos lançamentos e outros eventos afins. Mas é preciso, antes, que nas escolas os professores de português, literatura e redação sintam prazer em trabalhar tais disciplinas, conclamando os jovens à leitura para trabalho posterior, mas não uma coisa técnica, é preciso deixar que criem e apresentem o pensamento que tiveram da obra lida da forma como lhes aprouver: com música, teatro, dança, poesia e outros recursos que a imaginação permitir.
Ainda me lembrando da festa de Nossa Senhora das Graças, em Urucânia, neste 27de novembro, vem-me à lembrança um fato: eu já estava me preparando para sair, quando chega uma senhora com uma menina de uns 10 anos de idade, Yasmim. Parecia emocionada e os seus olhinhos brilhavam. A mulher, tia dela, disse: “ela quer conhecer a história de Padre Antônio, mas quer o livro autografado. – E acrescentou: - Ela até chorou pensando não chegar a tempo de adquirir o livro com você”. Fiquei emocionada.
Quer dizer, a menina viu toda uma multidão falando de Pe. Antônio, indo ao Museu no qual se transformou a casa dele, viu uma multidão louvando Nossa Senhora, ela me viu ali, vindo de Brasília, ali estando em tão pouco tempo, mas muito feliz com aquele trabalho e falando de Pe. Antônio a todos... então ela se sentiu tocada. Fato idêntico ocorreu por umas quatro vezes em alguns dos lançamentos que fiz desse mesmo livro sobre a vida de PadreAntônio. Era impressionante a reação de crianças, a maioria pré-adolescentes e adolescentes, em atitudes que surpreendiam os próprios pais e que tanto me encantavam. Numa das vezes, um menino, ao observar a incredulidade dos pais em que ele quisesse ler o livro, disse: “sim, compra, eu quero ler este livro”.
É isto, é preciso levar as crianças e os jovens aos lugares onde as coisas acontecem, é preciso dar livros de presente, é preciso falar de literatura, viver literatura, isto é, falar com paixão.